24.9.08

Livro do Desassossego

Tracei diálogos com Bernardo Duarte, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa.

"Tracei" não foi boa escolha de verbo. Primeiro que não é traço. Depois que passa casualidade. Assim. Cortado por ponto.

Tenho uma relação profunda com Bernardo Duarte, há anos. E ele nunca, nunca mesmo me pareceu repetitivo. Nunca, nunca mesmo encheu-me desse tédio que nós dois podemos descrever bem. É tudo tão inflamado dentro de nós, que o tédio tem cor vermelha: não há outra cor nas profundezas de nossas almas.


Encontrar-me em seus escritos me abraça, sossega.

Um comentário:

Augusto disse...

ajudante de guarda-livros em Lisboa... o cara já é Literatura em si, uheueheue.

q bonito =)

beijo!

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