Eu observo as olheiras profundas
Escravas do pão
(Do açúcar, das marcas, da televisão)
Eu vejo a poesia triste
No engarrafamento às seis de manhã:
Somos escravos agradecidos
As mãos erguidas
Quando nos roubam por meio de impostos
Quando nos equilibramos na condução
(Estamos lotados).
Rebeca dos Anjos
Um comentário:
Uma linda descrição poética. Somos toda essa labuta.
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