29.4.11

De tão amarrada, as letras sairam soltas.

Sonhei com as raízes, mas as asas me parecem mais seguras.
Sonhei com laços, mas me disseram que mochilas carregam tudo o que é preciso.
Sonhei com sonhos, mas escolhi a realidade.

Só não sei se a realidade é mesmo tão nua e crua.
Só não sei se desapego me faz livre.

Coração com asas e com refúgio em grades não se chama liberdade.

Falta de sonho é covardia. As explicações são bolhas. A independência é pedra.







Amarrei minhas asas em forma de laço e chamei isso de fé.

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