"A racionalidade é incapaz de vida! Porque a vida
é plenamente complexa e irredutível e a razão só pode ser linear e
redutora.
A razão produziu as racionalizações mecânicas da
não vida econômica, as elucubrações sem fim e sem efeito da não vida jurídica, o
racionalismo cientificista da não vida intelectual. Empobreceu as linguagens e
os léxicos. Evacuou a poesia e a metáfora, o pensamento analógico e
simbólico.
Como se não fosse evidente que o essencial do homem
nunca é racional. Como se ele não fosse em primeiro lugar um animal emocional.
Como se as grandes decisões da existência (escolher um parceiro, gerar um filho,
habitar um lugar, definir uma profissão) não fossem essencialmente efeitos de
uma paixão que a razão ignora."
Trecho da página 119 do livro "A era do conhecimento - princípios e reflexões sobre a revolução noética do século XXI" de Marc Halévy, editora Unesp.
Rebeca dos Anjos
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