30.4.13

Decifra-me ou.

Nunca saberão
Da história não contada neste poema.

Usarei as palavras
Como vestes ao contrário
Para esconder a pele desgastada
Que me cobre e sinto peixe.

Jamais saberão sobre a origem destas vestes brancas
Que me cobrem como manto
Até o limite inferior dos meus joelhos ralados.

Eu subi a montanha
Eu ralei a pele de escamas
Na rocha que insistia em me acarinhar.

Se a subida foi árdua
Da descida a alma cala
Através do poema-enigma
Que só alma igual poderá decifrar.


Rebeca dos Anjos

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