5.10.13

Era o momento de escrever um novo poema.

O peito apertado,
A garganta num nó,
Uma espécie de solidão.

O corpo inteiro como uma ferida aberta,
Ou melhor:
Como uma queimadura exposta,
Que quando tocada, movimentada,
Arde
Com qualquer pingo de água,
Com qualquer pingo de lágrima.

Um nascimento
Numa dor sem motivo,
Numa tristeza sem pretensão precisa,
Além da vontade de ser descrita.

Era o momento de parir um novo poema.

Rebeca dos Anjos

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