18.4.14

Confesso um defeito: eu roo minhas unhas.

Confesso um detalhe: não roo até sangrar.

Eu roo até o limite em que não me machuque, eu roo até que acabe a borda da minha angústia, sempre presente.

Roo com carinho os meus excessos até que, com mãos de criança, meu mundo se equilibre.

Me desfaço das minhas garras como quem desconstrói para ver crescer novamente.

Me desfaço das minhas garras afiando os dentes.


Rebeca dos Anjos

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