20.6.14

Eu rogo aos meus fantasmas
Que desentalem a minha garganta,
Que as palavras sejam a estrada
Que me leva (fluída) para onde eu não sei.

A casa parece grande,
Os barulhos tão intensos,
Os sonhos refletem o medo do dia em que tudo acabará.

Nem parece que eu já sei
Que o fim é uma dança,
Que a vida é uma viagem,
Que a morte pode ser o fim de uma margem,
Mas que há outra, afinal.

Nem parece que eu já sei
Que se escrevo uma vida
(Sem pensar na despedida)
Eu me torno imortal.

Rebeca dos Anjos

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