21.7.14

Sinto letras saltando do peito,
Mas não sei por onde começar.

Eu queria falar sobre a sensação de ver as nuvens de algodão tão firmes como o chão,
Assim como devem ser para aqueles que partem.

Sim, amigo, aqueles que partem.

Voltei a pensar neles quando chorei com Regina, chorei por seu irmão;
Ao ver pela tevê, mais um poeta morrer e sobreviver no meu coração.

*

Sim, devemos colher o morango que nasce na beira do abismo, Rubem.

Devemos libertar o pássaro azul que bicou o copo de uísque de Bukowski e que, preso, não exerceu a paz,
Apesar de ter sido escrito como a própria paz.

*
Imagina como seria se o pássaro azul, livre, pudesse colher o morango que nasce na beira do abismo?
Há tarefa mais apropriada pra quem tem asas?

*
Vôo-me ao degustar meus morangos,
Lá, devorarei alguns.


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