Eu sou essa mulher
Que transborda enquanto cozinha
E que lava o arroz
Numa fonte de lágrimas incompreendidas
E que tempera,
Sabendo que o gosto de lágrima
É o ponto de sal adequado
Que trará riso à boca de quem desgustará
Não se trata de sacrifício.
Sentir os versos num ofício
É sim recompensador
Cozinho as letras saudosas
Transmuto em gostosas prosas
A partir de uma tigela de arroz.
Rebeca dos Anjos
Nenhum comentário:
Postar um comentário