19.9.18

Mais uma vez eu voo(u).

E ao apequenar a mala
Percebo que não caibo mais em certas linhas,
Não me preenchem certas cores,
Não me encaixam certas gargantilhas.

Eu mudei muito.

O corpo que expandiu
Carrega o seletivo
Deixo espaço para os descompromissos
E, por mais enraizada que eu esteja,
Sou a folha que cai.

Um comentário:

Ulisses de Carvalho disse...

Nada é. Tudo está. Dos seres vivos à matéria inorgância, tudo denuncia a passagem do tempo: existir é transmutar.

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