Andei, andei, andei
Até onde a terra conta a história
Do rei, das águas, das tropas,
Histórias contadas em saraus
Andei mais e achei os homens e rugas,
Violões e suas músicas,
Versos que enfeitam as paredes
Da cidade com alma
Eu, que há tempos não escrevia,
Senti brotar uma rima
Como escapa a lágrima de um olho feliz...
E rimei sem pensar,
Só de ver e sentir,
Pelos meus olhos descendentes,
Todo amor que a terra sente
Ao ser grama pra rolar e rir
Ah, Conservatória!
Ao conservar tua história,
Consertas minh'alma
Que canta e desafina
Que compõe e desatina
Os tempos,
Os verbos,
As rimas,
Sendo humana poesia
Escrita sob o luar que nem vi
Ah, Conservatória!
Vejo-me em ti,
Até breve,
A dividir contigo as rugas que crescem
E que em suas terras
Hão de me redimir!
(Rebeca dos Anjos)
Nenhum comentário:
Postar um comentário