Era barco na borra,
Eu achando Porto,
Acostumada que era com âncoras.
Eu mal sabia que era marco,
Lastro em mim mesma,
Pra não afundar.
Mas ela me disse:
"Passado um ano,
O que navega é o mar,
Passados dois,
A coisa vai clarear.
Mas veja bem, moça,
Teu porto é você.
Nunca se esqueça
Do que te faz bem
Em qualquer lugar
Ao sair deste navio
Prometa que vai avoar".
(Rebeca dos Anjos)
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