Paro nas entrelinhas
Busco os teus mistérios
No que posso sentir das tuas vidas
Me concentro no que não foi dito
E sinto que teria te falado sobre a respiração.
Você riria de mim e me ofereceria uma dose
E eu tomaria três
Atravessaríamos a noite
Falando sobre essas explosões por dentro
Que não formam frases
Que se explicam pela razão
Insistiríamos nos versos
Feitos de palavras soltas,
Não por nada,
Mas porque somos uma confusão
No dia seguinte, de ressaca,
Eu meditaria em paz,
Iluminada pela minha escuridão.
(Rebeca dos Anjos, depois de ler "A teus pés" de Ana Cristina Cesar)
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