Na beira de um grande rio, avistei um barco. Apesar do movimento das águas, ele estava ali parado, sem laço. Era barco de força maior do que a força que tem a água.
Era disponível, localizado de forma que quem quisesse poderia entrar, mas ninguém se arriscava: era estranho um barco parado sem laço.
Normalmente, quem precisava atravessar o rio, nem cogitava o uso do barco. Ou optava por ficar onde estava, desistindo da travessia, ou enfrentava o curso agitado, turbulento do rio.
Desde que avistei esse barco, tenho observado essa movimentação. Não desisti da travessia, nem optei por nadar. Mas estou aqui, com a bunda na terra molhada, sentindo o sol clareando a visão das coisas. Estou me preparando para usar a embarcação. Já decidi que quero caminhos novos e meios novos para caminhá-los. Só não entrei no barco ainda, porque como ele, que tem força para ficar parado em ambiente movimentado, quero estar certa do melhor caminho.
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