22.6.10

Quase sempre sobre formas.

Maria desenhou em chão de terra aquilo que acreditava ser o amor: fez coração torto, com formato pêra-maçã e amarrou a ponta feito balão que não voa.

Além de não voar, balão frágil estoura: sobraram corda, pedrinhas com peso de cacos e qualquer coisa de imaginação.

Neste momento, Maria olhava o espelho, descobrindo no fundo dos seus próprios olhos o que era amor: não podia ser desenho, mas cacos também não.

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