18.10.11

Manhã de terça-feira, dezoito de outubro.

Chego às sete e a moça do café ainda não está - "horário de verão", eu penso. Sinto rápida saudade, já que é para ela que ofereço o meu primeiro bom dia.
Sim, adotamos o horário de verão numa primavera cheia de chuva e frio. Lembro das begônias, que por enquanto devem estar satisfeitas com o clima. Espero que faça sol daqui a dois dias pelo menos, para que elas não sejam atingidas.
Ligo o computador e leio as notícias das páginas de Economia. Acompanhar a crise é quase um vício pra mim. Fico acompanhando o desenrolar dos acontecimentos para certificar que minhas apostas estão certas: um jogo.  Economia, para quem não sabe, é mais do que números e projeções sem certezas: guarda o mistério da mente humana, suas preferências, escolhas que, todas juntas, impactam o todo.  Interessantíssimo. Complexo. Mas o mais interessante é descrever este todo em gráficos: os números são a parte mais simples da análise.
(Paro pra sentir)
Resolvo me obrigar a escrever porque acordei prática demais. É terça, afinal. O dia será longo, muito longo. Busco energia no café que chegou e, enquanto faço da fumaça quente um incenso, vem a lembrança dele (querido companheiro de jornada) dizendo que a cafeína é um mal. Que mata o sono bom, eu responderia sorrindo.

4 comentários:

nao disse...

pude visualizar as cenas com perfeição ( a minha, claro) rs...

Sinto mais ou menos isso hoje tb.
pela diferença que aqui não faz frio, só venta agora...

Rosângela Zorio disse...

A descrição do local, a riqueza de detalhes...levou-me até o seu ambiente de trabalho, quase me interessei por economia, senti o cheiro do café! Excelente texto!

Ana Rita Vitória disse...

Adorei conhecer seu blog!Vou está sempre por aqui se quiser me conhecer vou adoar!! Beijinhos!!

Raphael Grizotte Monteiro disse...

Como o um modo de ver e tudo né !Boa discrição para falar da morte da preguiça...Até amanhã!

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