29.4.12

A Sueli do Sul, o jabiru e a salsicha crua.

Lembro até hoje da Sueli do Sul, que comia salsicha crua e nescau com água, pra não ter que ferver nada porque medo do fogo tinha - leite de saco só fervido a gente bebia.

Lembro do pai desenhando, da mãe pintando, num cartaz branco e grande o jaburu, que no Iguaçu é Jabiru, pra Sueli apresentar em algum lugar.

Ela toda boba com tanta arte, eu toda boba com tantas partes, aquelas asas longas do Jabiru flutuando no cartaz branco, com seu colar vermelho tão vivo que eu queria tanto pintar.

Lembro até hoje da Sueli do Sul quando preparo macarrão com salsicha (cozida) e sinto vontade de beliscar um pedaço daquela que ainda não foi fervida.


Rebeca dos Anjos

3 comentários:

O Profeta disse...

A ressurreição deu sorriso nasceu com o dia
Ah este inverno que abraça a primavera
Este céu que arroxa meu peito
Estas negras pedras plantadas na terra

O curso do meu errante espirito
Levou-me ao infinito e ao incomensurável
Este orvalho das pequenas coisas
Recorta meu corpo a golpe de cisel

Ocultei meus sonhos numa porta da eternidade
Porque o desespero é voo baixo e sinuoso
Vi ontem dois amantes jurarem uma partilha de vida
Vi olhos que irradiam luz em gesto assombroso

Um imenso abraço

Anônimo disse...

Achei um máximo o poema historia.
Mas bateu-me uma curiosidade. Como chegou a conclusão de escreve-lo? Sempre me perguntam isso..mas dessa vez achei que chegou a minha vez de também perguntar..rsrsrs.

Beijos!

Rebeca dos Anjos disse...

Lu, a Sueli do Sul existiu mesmo na minha vida... este texto é baseado em fatos reais, rs! Ela trabalhou na minha casa quando eu morei em Foz do Iguaçu e sim, uma vez meus pais viajaram e ela ficou cuidando de mim... só que não cozinhava, rs! Foi quando ela me deu salsicha crua.
E é isso mesmo: tava cozinhando macarrão com salsicha, lembrei dela e fiz o textinho :)

Beijocas!!

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