7.2.13

Poema nostálgico e profético

Saudade do que vivi
Em muitas praças:
Um banco na sombra
Crianças sorrindo
Sorrisos com cores de algodões-doces.

Saudade do que não vivi
Naquelas praças
Nos últimos anos
De minha vida azeda:
O gosto de um tempo que não me alimenta.

Um dia,
No dia do reencontro comigo mesma,
Farei um piquenique naquela praça
(Aquela lá no alto, no fim da ladeira)
E escreverei um poema na toalha que cobrir o chão

A toalha virará um manto
Ou uma capa de super-herói
Com ela voarei pelo mundo
Transformarei as nuvens em praças...

Praças do tamanho da minha ilusão.


Rebeca dos Anjos


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