24.12.18

Do florescer ao fruto XXVII

Aos que antes me conheceram,
Deixem que eu me reapresente:

É que, naquele dia,
Pelo sangue, cortes e vida
Eu renasci

Foi assim:
Eu não era mais dona de mim
Tornei-me capaz de morrer
De enfrentar qualquer dor
De ser o que tiver que ser
Por outro ser
Meu grande amor

Fiz uma abrupta despedida,
Só restou o que edifica,
Resiste e abriga,
Maleável para ser concreta.

Não me cabem os castelos de areia,
Não me cabem mais os castelos.
Sou uma casinha simples

Na beira do mar
Sou porto da minha cria
Sou mãe,
Sou um lar.

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