Atacado várias vezes nos olhos
Por aquela energia que eu conheço
Aquela energia de caos e revolta
Que cega memórias
E sonhos infantis
Eu protejo o bebê
Apesar da dor que atinge os meus próprios olhos
E o percebo como parte mim
É por isso que eu não vejo ainda
Tudo que é semente me ameaça
Porque parece improvável que possa crescer
Entre tantos ataques
(Mas eu não desisto)
Eu não sei o fim porque acordo
Com meus olhos físicos secos
Me contando que eles enxergam
E sobreviveram por quarenta anos
Apesar desses dessas memórias simbólicas que ainda moram no meu inconsciente
E o mais surpreendente?
Nisso tudo eu vejo Jung
E só por isso faz todo sentido
Conhecer a dor e os símbolos
Como um curador ferido
Que mais do que o drama,
Identifica o saber.
(Rebeca dos Anjos)
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