9.11.11

Poema de quem ama

Cuido de tudo para que o todo se instale
Arrumo as flores
Acendo as velas
Ponho à mesa
O que aquece o estômago

(Dizem ser no coração que o amor brota
Mas eu, quando sinto pontadas de amor
São como borboletas
Borboletando dançantes
Encostando nas paredes do meu estômago)

Visto-me
Cubro-me de cheiro
Deixo rosadas as bochechas e rosa viro
Botão pronto para abrir
Quando a porta abrir
E trouxer o riso bobo do meu amor
                           Foto: Fabio Rocha
Ah, como me embriaga o riso bobo do meu amor!
Neste momento as borboletas sorriem
A que mora na minha nuca
Bate asas pedindo um beijo molhado
Que faça das asas
Flor com gotas de orvalho
Feitas de saliva doce

Amo
Com meu vênus em leão
O meu amor divino
E leoa recebo sua cabeça em meu peito
Encaixada em meus seios
Sentindo nossas respirações
Nossas inspirações
Profundas
Que inundam a rotina
De cor

Para além das contas
Planos
Horas tortas
Roda fora
Para além do tempo
Nomes
Títulos
Regras
Normas
Para além do laço, até
O amor está
O amor é

2 comentários:

Rosângela Zorio disse...

Magnânimo poema, amplo como o amor. Lindo flor! Bjs

Fabio Rocha disse...

Amor, que lindo amor!!

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